Discordo do nobre jornalista João Vitor Xavier. Na última segunda-feira, dia 18 de fevereiro, ele questionou que o Cruzeiro, em seus dois "testes" no ano, empatou, não mostrando muito futebol. E isso, segundo ele, aumentava a pressão sobre o time de Mano Menezes que, prestes à disputar a Copa Libertadores, não teria mostrado, ainda, qualidade técnica para o seu torcedor acreditar que 2019 será melhor que 2018.
E sabe porque discordo? Porque não temos muito mais que um mês e meio que os atletas estão de volta às atividades. Até agora, não houve nenhum momento que levasse o grupo do Cruzeiro a mobilizar, a treinar, a por "sangue no olho" para disputar uma partida. Afinal, por mais que tenham havido dois "clássicos" ate o momento, trata-se de uma primeira fase quase inútil do Campeonato Mineiro. Uma fase em que com 13, 14 pontos uma equipe se classifica, ainda que em oitavo, para a próxima fase. E isso faz os grandes times encararem essa compatição por agora de forma diferente, quase como um jogo-treino. Isso não quer dizer que o empenho do time não pudesse ser maior, e aí até concordo com o xará. Mas quanto ao resultado, discordo veementemente. Até porque empate em clássico é considerado bem normal.
Vê-se, por fim, que vários atletas ainda estão em busca da melhor forma física, do melhor desempenho e isso vem com jogos e com o tempo. Não podemos jogar pressão em ninguém até o momento, a não ser nos times que levaram uma sapatada em casa, como o Villa Nova, que logo na estreia levou de cinco do Tupynambás, envergonhando toda Nova Lima. Nem o nosso rival, que perdeu para o modesto Tombense não foi cobrado pela imprensa. Por que o Cruzeiro seria? O América, que está na Série B, tem que ver o Mineiro de forma diferente. Deve encarar os times da elite de forma diferente. Mas Cruzeiro e o rival, não. Não nesse momento.
Por isso, nobre jornalista que tanto fez falta ao "Bastidores" quando esteve de férias, discordo. O momento é de adaptação, de testes e até de lançamentos dos jovens talentos. Fiquei feliz com a incorporação, na falta de uma palavra melhor, dos jovens Popó e Michel aos profissionais. No lugar do Mano, até daria uma chance a eles. Afinal, talento não tem idade e daqui sabemos que saiu um Fenômeno. Dadas as devidas proporções, lançar um menino, nem que seja nessa fase inicial do Campeonato que, como disse, é sem sentido, seria bem válido.
O Cruzeiro, João, vai forte em 2019. Acredito que tenha tudo para ganhar algo a mais que em 2018. Tem time, técnico, elenco, diretoria forte. Faltam ajustes, mas isso o Mano é craque de conseguir.
Por: João Vitor Viana
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