Ariel Cabral chegou ao Cruzeiro em 2015. À época, poucos o conheciam, mesmo o atleta tendo 28 anos. Quando da sua contratação, disseram ser um "camisa 10" e, até por um tempo, o torcedor esperava que isso ocorresse. No entanto, na sua apresentação, Cabral disse que jogava mais recuado, tinha o bom passe e não seria ele a armar o jogo. E foi, de fato, o que aconteceu. Naquele momento, o Cruzeiro havia contratado um volante.
Mas Ariel, como gosta de ser chamado, não é dos piores. Até porque, se fosse ruim, não teria 150 jogos com a camisa do Cruzeiro e um contrato até dezembro de 2020. Com mais 21 meses de contrato em vigor, Ariel tem uma marca pessoal que pode ser batida, se tornando o estrangeiro que mais vestiu o manto sagrado. Essa marca, hoje, pertence àquele uruguaio, que deixou a Toca II pela porta dos fundos e que não merece ter o nome escrito ou falado. São 188 jogos. Ou seja, Cabral tem quase dois anos para ser o estrangeiro que mais vestiu o manto.
Ele, no entanto, não liga muito para essa marca: “Na verdade não penso nisso. É uma meta boa, mas acho que é semana a semana, mês a mês e ir trabalhando. Depois, se conseguir jogar mais vezes, aí fica melhor. Temos que ter a cabeça no lugar e sempre trabalhar pelo Cruzeiro”.
O foco dele, no momento, é buscar a titularidade. “Nesse tempo a gente muda muitas coisas. Tem muito tempo aqui no Cruzeiro também que passei por bons momentos e momentos não muito bons. Tenho que seguir trabalhando e focado ano a ano. Na decisão (da Copa do Brasil), quando o Mano precisou de mim, eu respondi. Mesmo sem ter tantos jogos, às vezes ficando fora, eu estava pronto quando ele me colocava. Por que? Porque a gente treina, se prepara. Na hora de entrar, tem que fazer bem as coisas”. Em 2019 Cabral perdeu a titularidade para Romero. No ano passado, travou embate com Lucas Silva e acabou terminando o ano entre os 11.
Patrocinense
O volante deverá ser o escolhido para substituir Henrique, suspenso, no jogo único contra o Patrocinense, sábado, 19h, no Mineirão.
Por: João Vitor Viana
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